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João Marcos e Eveline |
Os personagens
principais são caricaturas da própria Eveline, seu
primo Lizardo e meu irmão Eliseu. Pegamos as características
mais marcantes de cada um deles e amplificamos de forma cômica:
Caroca, menina espevitada, curiosa, competitiva, com um grande
coração; Jubão, menino concentrado, estudioso,
decidido, que gosta das coisas muito bem explicadas; Carretel,
professor aplicado, que se importa muito em fazer com que seus alunos
cheguem às suas próprias conclusões,
característica que demanda muito mais tempo do que dispõem
para colocar em prática suas idéias.
Quando percebemos que o
resultado que estávamos obtendo estava ficando melhor a cada
dia, foi que sentimos, em Deus, a vontade de ultrapassar os limites
de nossa igreja local, chegando até onde o próprio Deus
o levasse. Para isso, precisaríamos escolher um formato e um
nome específico. Como gostamos muito de viajar, principalmente
Eveline, pensamos em algo que sugerisse essa idéia, surgindo
naturalmente a associação de viagem com histórias
bíblicas. Começamos a fazer um exercício para
criar um título que combinasse essas duas idéias:
Viajando Pela Bíblia, o que nos pareceu muito literal e pouco
criativo; passamos a fazer composição de palavra com as
duas idéias: Bibliando, Biblijando, até que chegamos a
Bibliajando. Em relação ao formato, decidimos,
inicialmente, adotar o formato de revista em quadrinhos, acompanhada
por um CD com a trilha sonora.
A partir daí
começamos a produção em si. Eveline dedicada à
produção do material gráfico e eu da trilha
sonora. Perfeito! Veja você que chegamos a concluir essa idéia
inicial, que aliás está disponível para ser
baixada neste site. Contudo, tivemos tremenda dificuldade em
conseguir quem reproduzisse e distribuísse na escala que
imaginávamos ser razoável. Fomos a diversas editoras,
que gostaram muito do material, porém, tiveram uma postura
muito conservadora para o lançamento de um produto
desconhecido, de custo relativamente elevado, cujos autores eram
igualmente desconhecidos, sem nenhum portfólio que os
credenciassem. Quando as portas pareciam se fechar, Deus nos deu uma
forte injeção de animo e começamos a pensar em
formatos alternativos. Tínhamos absoluta convicção
de ser, o resultado do nosso trabalho, fruto da inspiração
divina e plena certeza de ser da vontade de Deus, que este chegasse
até uma infinidade de crianças que nunca teriam
oportunidade de ouvir Sua palavra, a não ser através de
um produto voltado para o entretenimento. Pensamos em algo com custo
mais baixo de reprodução. Buscamos adaptar a revista em
quadrinhos para o formato de e-book, mas a idéia foi perdendo
força, à medida que percebíamos que os e-books
que pegávamos como referência eram muito monótonos
e tememos que acontecesse o mesmo com o Bibliajando. Foi aí
que Deus extrapolou os limites do que imaginávamos possível
fazer. Surgiu em nós uma vontade irresistível de fazer
um desenho animado. O que? Desenho animado? Não tínhamos
a mínima idéia de como fazer isso, nem por onde
começar. Eveline começou a pesquisar o assunto pela
internet e as coisas foram clareando, mas ainda fora de nossas
possibilidades. Foi quando Deus, que nos colocou no coração
o querer, como sempre, providenciou os meios para realizar. Fizemos
contato com um rapaz extremamente talentoso, chamado Jairo Miguel,
animador, que topou fazer a animação, por um valor bem
abaixo praticado pelo mercado de animação, a título
de utilizá-lo como portfólio. Hoje, que temos noção
do que significa produzir um desenho animado, percebemos claramente
que Jairo foi, na verdade, um anjo que Deus nos enviou para
conseguirmos desenvolver o Bibliajando da forma na qual iria, de
fato, cumprir o seu papel.
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Heber Ribeiro |
Alguns outros anjos
foram sendo colocados por Deus em nosso caminho. Um deles foi o Heber
Ribeiro, carinhosamente conhecido como Binho. Músico
extremamente talentoso, que na época estava dando os primeiros
passos como arranjador e produtor musical. Ele também encarou
o projeto como uma experiência enriquecedora e se propôs
a fazer os arranjos por um valor que poderíamos custear.
Tínhamos então a animação e a trilha
sonora em andamento.
Agora faltavam os
locutores e cantores. Queríamos tornar o desenho o mais
natural possível, por isso teríamos que utilizar vozes
de adultos, para os personagens adultos e vozes de crianças,
para os personagens infantis. Foi quando lembramos das filhas de um
grande amigo, Josiel Oliveira, pastor congregacional. As meninas
sempre tiveram muita facilidade de expressão e desenvoltura
para representação. Procuramos os queridos Josiel e
Mara, sua esposa, que de imediato aderiram ao projeto e não
apenas permitiram a participação de suas filhas, como
estimularam outras crianças de sua igreja a participarem
também. Tínhamos então os locutores infantis e o
coral de crianças que precisávamos. Para as vozes da
Caroca e Jubão escalamos a Rebecca Oliveira e Bruno Costa, que
se encaixaram perfeitamente aos personagens, ficando a narração
com Sarah Oliveira, que também estava perfeita no papel.
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Rebecca Oliveira |
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Bruno Costa |
Precisávamos
ainda dos locutores adultos. Neste quesito, nosso maior desafio seria
encontrar um locutor que pudesse traduzir bem a personalidade do
Carretel, personagem inspirado em meu irmão Eliseu, pois este,
apesar de nos ceder suas características, pasmem, quando fala
nos passa a impressão de total tranquilidade, o que não
corresponde com sua característica que queríamos
destacar. Foi aí que surge o Fernando Brandão,
carinhosamente conhecido como Fernandinho. Na época, um jovem,
recém saído da adolescência. Inicialmente,
chamamos Fernandinho para gravar o cavaquinho e o vilão na
música “Samba do Adorador”. Porém, em um dia em que
estávamos ensaiando os diálogos, pedimos a ele para que
fizesse a voz do Carretel, somente para compor a narrativa.
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Paulo Nazareth |
Quando
ele começou a leitura, sua dicção, acentuação,
até mesmo seus engasgos, combinaram perfeitamente com o
personagem que imaginamos, ficando ele com o papel oficialmente. Para
o papel de Deus, convidamos meu irmão Helieser. Sua voz
barítono, associada à sua postura austera, também
ficaram ideais para representar Deus.
Quero destacar ainda a
participação de Paulo Nazareth, nas músicas
“Pecado” e “Eva”, juntamente com Suellen Targine e Larissa
Cardoso, respectivamente. Paulinho, como o chamamos carinhosamente,
começando a se descobrir como intérprete e compositor,
também integrou o grupo, dando um ar de jovialidade ao
projeto. Equipe completa. Mãos à obra.
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Isabelle Drummond |
Só que Deus
tinha ainda uma surpresinha pra gente. Nesta época fomos
participar de um encontro de casais promovido pela Igreja Batista de
Itaipú, onde conhecemos um casal de amigos, Fernando e Damir
Drummond. Nossa amizade se firmou, começamos a nos encontrar
regularmente, em reuniões com outros casais que também
participaram do encontro, até que soubemos que eles eram pais
de Isabelle Drummond, atriz, que na época representava a
Emília do Sítio do Pica-pau Amarelo. Achamos isso muito
legal e perguntamos se Isabelle gostaria de participar do
Bibliajando. Tanto eles, quanto a própria Isabelle adoraram a
idéia e ela acabou fazendo o papel da narradora da história.
Apesar disso ter sido ótimo para o projeto, pois devido a sua
experiência, Isabelle enriqueceu brilhantemente o projeto,
confesso que a substituição de Sarah no papel da
narradora nos deixou bastante avexados, para usar um termo bem
brasileiro, pois ela estava, como disse, perfeita no papel. Sei que a
participação de Isabelle foi ótima para o
projeto, inclusive para sua promoção, mas a Sarah
estava realmente brilhante. O que nos consolou, neste sentido, foi
que a Sarah também teve grande participação,
como corista e solista em algumas das músicas, com destaque
para a música “Brilha a Estrelinha”, que ficou linda na
sua voz.
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Marcos Simas |
Por fim, o último
anjo que cruzou o nosso caminho foi o Marcos Simas, editor e
consultor junto a diversas editoras. Profissional muito respeitado no
seu ramo, que se revelou um grande amigo, ao nos encaminhar para a
editora que ele julgava ser a mais indicada para o projeto. Nada
menos que a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), nas pessoas do
Dr. Rudi Zimmer (Secretário Executivo) e Erni Seibert
(Secretário de Comunicação e Acão
Social), que, por indicação do Marcos, nos receberam
com toda cordialidade e atenção, conheceram o projeto e
apostaram nele, submetendo-o ao conselho editorial da SBB, que o
aprovou, indicando uma tiragem inicial de 5.000 (cinco mil)
exemplares, o que se transformou, segundo informações
que tive, em aproximadamente 20.000 (vinte mil) exemplares. Desta
forma publicamos o primeiro volume da nossa obra. Aliás, obra
do Senhor nosso Deus, que Ele nos incumbiu de fazer.
E assim tudo começou...
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